Capítulo 1: Trabalho Extra

-Humf, ok. -Disse dando de ombros e guardando a espada na cintura. Não demorou pra um senhor entrar naquele cômodo. Certamente era a divindade da sabedoria que Yato havia dito antes. Eles prontamente conversavam como se Takeo não estivesse ali, e suspirou quando Yato saiu o deixando a sós com o outro. Não sabia bem o que era piquenique, mas não se importou muito com aquilo. Olhou pro outro que falava consigo agora. -Não, na verdade... Já sofri coisas mais brutas que nossa "luta". -Disse apontando pra cicatriz. -Um ceifeiro tendo amigos? Isso é meio contraditório, não acha? -Perguntou dando um meio sorriso. -Está mais pra um jogo de interesses. Ele quer pegar os Arrancars e eles estão atrás de mim, sei lá porque, e eu quero ajudar minha companheira que foi pega por eles. Só isso. -Disse deixando às claras, ele era amigo de Yato não? -Agora, não tem como a Cadmus estar atrás de mim sendo que eu estava numa missão deles. O que quer que aqueles Hollows do avesso estão tramando, isso é por conta deles. Claro que... Eu adoraria fugir de lá, mas não sou suicida e também preciso de respostas. -Era tão claro aquilo pra ele, por qual motivo Yato batia na mesma tecla que a Cadmus estava o caçando? Sendo que quem era a caça era Yato...

-Nanamori Takeo, mas pode ser só Aoi... -Respondeu a pergunta da divindade ouvindo o concelho dele em seguida. Mas aquilo não fazia o menor sentido. Ele tinha acabado de sair de lá... Enfim... Revirou os olhos cansado daquela conversa que ia e não ia pra algum lugar, iria simplesmente esquecê-la logo. -Eu sei disso... Encontrei várias divindades, youkais e outros sobrenaturais lá, outros enfrentei num tipo de arena deles, por anos... Devo dizer que tem alguns lá que não parecem estar sendo obrigados, mas de fato, também não concordo com o que fazem. Mas... Alguém lá dentro tem as respostas que eu quero. Um dos diretores da Cadmus... -Disse após se sentar na cadeira. -O tal Aizen... Ele sabe o que eu quero saber. -Aquele nome não era segredo pra ninguém, e também não era como se devesse guardar algo segredo ou fosse proibido de falar o nome dele. Além disso estava conversando com alguém sábio, podia dar algo fruto aquela conversa. -Minha companheira, tenho um contrato com ela, mas do jeito que estou no momento não posso simplesmente invadir onde estão e resgatá-la, como numa época eu conseguiria sem problemas. -Disse frustrado com aquele fato e olhou pro céu.

Ele era mais calmo do que imaginava, e esperou pacientemente até que parasse de falar pra começar. Ele dizia coisas bem tensas, e mesmo assim, durante a conversa toda, não houve qualquer alteração em sua face. Bem, ele devia ser experiente, já que era uma divindade antiga, o quão antiga não saberia dizer e além disso, ele era a divindade da sabedoria. Aizen era procurado pela Soul Society, tentaria lembrar de algo relacionado à Gotei 13 apesar de nunca ter pisado lá. Mas pelo fato dele ser um ex-capitão e traidor certamente iria pra morte ou pior. O que mais surpreendia não era ele ter traído a Soul Society, mas sim estar do lado dos Hollow's e liderando eles. Takeo achava que não haveria mais novidades por parte de Aizen, quando ouviu que ele tinha um filho ilegítimo, e ainda mais com quem? Izanami. Isso foi surpreendente o fazendo arregalar os olhos. -Aizen tem um filho com Izanami? -Perguntou achando ter ouvido errado. -Qual é o boato? -Seria interessante saber daquilo, poderia ser usado à favor ou não. Apesar de ser com Izanami novamente, deveria ser um meio irmão? Porém havia uma contra partida nisso, ele era um Shinigami não uma divindade como Izanami, o que deixava claro não ser filho dela? Mais coisas martelavam em sua cabeça agora, além do mistério da cicatriz, daquele cara de sua visão que ainda não sabia quem era, daquela mulher loira... E claro de Reiko que havia sido pega pelos Arrancar's.

Ele começou a falar sobre o boato daquele filho. Então Aizen estava mesmo se aliando com Hollows... Qual seria o motivo daquilo? Trair sua raça, seu mundo... Pra que? Poder? Seduzir Izanami também seria parte do plano? Talvez tentar trazer mais poder pro seu lado. Pensava enquanto Tenjin continuava a falar do boato, o fazendo engasgar com a bala. -Ele o que? -Perguntou depois de tossir algumas vezes e bater no peito pra ajudar a desengasgar. Era Aizen naquela memória? E aquela moça era sua esposa? Por isso sentiu aquela tristeza quando se lembrou dela e... Fechou os punhos, foi privado do luto dela... Abaixou a cabeça e cerrou os dentes. Aquilo doía, mais do que a cicatriz já doera antes, como se um buraco se abrisse naquele exato momento no peito. Eram muitos sentimentos misturados e todos eles muitos ruins, angustia, ódio, raiva, tristeza, solidão, até mesmo traído. Seu próprio pai tinha feito tudo aquilo! -O boato está correto. -Disse com a voz amarga segundos antes de um som alto se fazer presente e em seguida o de uma fera. Pegou sua arma pra lutar caso necessário enquanto se levantava. Apesar daquela notícia um tanto péssima, poderia usar aquela raiva toda como força pra uma luta, principalmente se fosse contra alguns dos aliados de Aizen.

Ambos saíram de dentro da loja e se depararam com várias pessoas correndo e gritando algo como "furacão". Não era algo incomum no Japão, mas aquele parecia ser um furacão bem distinto... -Ok. -Disse pro deus enquanto ele ia em busca de Yato. Nisso foi seguindo a direção oposta a qual as pessoas corriam e também seguindo o rastro de destruição. Não havia vento, o que seria bem estranho pra um furacão. Antes de chegar lá já havia sacado sua katana, certamente era algo. Assim que chegou num tipo de praça, viu um Hollow gigante, feito de cabelos ou algas... Lutando contra um shinigami de espada grande. Ele parecia estar indo mal contra aquele bichano gigante. Iria avançar contra o Hollow, não conhecia aquele Shinigami, mas qual ele conhecia de fato? Deu de ombros, era melhor ajudar ele do que vê-lo ser comido e depois ter que lidar com aquele gigante felpudo sozinho. -Se não se importa, vou usá-lo como saco de pancada! -Disse ainda irritado, estava muito irritado, tanto que segurava a katana tão forte que suas mãos estavam mais brancas que o comum, enquanto tentaria acertar no que parecia ir pegar o outro shinigami, braços, cabelos, tentáculos, fosse o que fosse, iria cortá-los.

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5 , 7

Assim que se aproximou, o jovem de cabelos laranjas gritou, porém, sem ter o que fazer, apenas assistiu. Seus golpes foram no vazio com os saltos daquele Hollow, o que o fez soltar um suspiro irritado. Ele parou em cima de um prédio de 3 andares, e falou algo um tanto desagradável antes de lhe atacar. -Vai sonhando. -Respondeu se defendendo do golpe e acertando com o cabo da katana na testa do grandalhão, fazendo-o ir de encontro a um ônibus. -Nani? ...Que seja... -Perguntou brevemente, mas dando de ombros em seguida ao ver o rapaz correr na direção do Hollow. A espada dele era deveras interessante... -Acerte a máscara, garoto! -Disse alto pra ele ouvir enquanto avançava contra aquele Hollow gigante. Certamente deveria ser algum chefe de outros Hollows menores que deveriam ter na redondeza. Fazia tempo que não lutava contra um Hollow, era bom voltar a ativa.

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+7 em PRE enquanto usar espada (complemento)

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O Hollow pareceu ter ficado enfraquecido depois de seu golpe e se quer conseguia se levantar do grande carro (ônibus) o qual batera. O outro shinigami fez exatamente o que disse pra ele fazer, fincando sua espadona em sua testa. Seria sua deixa, avançou pra terminar aquela batalha, com dois cortes cruzados, Takeo quebrou de vez a máscara do Hollow, terminando assim aquela batalha. Fora mais fácil do que imaginava, e aquele shinigami vinha em sua direção e lhe estendia a mão. Ficou olhando por alguns segundos pra aquele cumprimento até que apertou sua mão. Outra voz chamou sua atenção, não parecia muito contente e autoritária com certeza. Assim que virou pro dono dela, viu que era outro shinigami. Três shinigamis juntos? O que acontecia ali afinal? Ele parecia ter a mesma idade de Takeo, e não era pela aparência. Os dois pareciam se conhecer... Seria uma boa deixa pra ir embora de mansinho? Mais alguém chegava lá, e assim que olhou pra ver quem era o novo integrante da conversa, gelou. Era da elite da Soul Society? O que diabos acontecia ali? Era impossível confundi-los, eles tinham aquela capa... Eles raramente eram vistos, menos ainda no Ningenkai. Mas isso foi só o que ouviu, não que já tivesse ido pra Soul Society alguma vez... Ao menos não se lembrava de ter ido. -Kuchiki taichou...? -Murmurou pensativo, era então um capitão? Quem era humano ali? O garoto que ajudou? Como ele podia ser humano e shinigami? Aquele assunto estava ficando cada vez mais tenso, era melhor se retirar logo e deixar os dois fazerem o trabalho deles. Não gostava de se meter nos assuntos deles, fora que, se era mesmo filho de quem era, manter a distância deles o fez ficar incógnito por todo esse tempo. Além de que, eles caçavam Aizen... Era melhor voltar pra loja de Yato, e assim faria, começando a andar, tentando não chamar atenção.

Takeo parou de se movimentar assim que o rapaz de cabelos vermelhos dirigia a palavra pra si, suando frio. Droga... -Eh? Aliado? Iie. -Respondeu sério, de uma forma mais educada que o rapaz de cabelos laranjas. Então ele é realmente um humano... Os dois de cabelos quentes pareciam de fato serem cabeças quentes, mas o que preocupou Takeo não foi aquela intriga deles, mas sim o capitão murmurando algo sobre sua cicatriz, e pra piorar, sabia quem era. -Procurado? -Comentou irritadiço com tal. -Você está certo laranjinha, mas não é bem assim que funciona. -Disse pro outro, concordando com o que ele dizia. -Ê? -O capitão deixou o ruivo com o humano e sua atenção era voltada pra si, pior ainda, ele desembainhava sua zanpakutou... Lutar contra um capitão seria suicídio, certamente... -Matte kudasai... Não precisa ir pra violência, precisa? -Perguntou andando pra trás conforme ele se aproximava. -Eu nem sei por que estão atrás de mim, qual seria o motivo do "Procurado"? -Perguntou ainda em defensiva fazendo as aspas com as mãos.

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