Capítulo 3 - O Templo de Tekhait

Priya aceitou o que Onuris dizia, ela também parecia sentir a imensa energia ruim que saia daquele buraco negro, mesmo com toda aquela magia o selando. Durante os pensamentos de Onuris, tentando saber o que era aquilo, ele lembraria de uma passagem das escrituras do templo, que diziam: "Ataque Contra o Corruptor Se a Oportunidade É Verdadeira: Verdade e justiça acima de tudo. Tomar conta do portal sem quebrar os códigos anteriores é uma ordem." -É melhor irmos logo mesmo. Não sei por que mergulhei. -Comentou indecisa pelos seus atos. Aquele seria um portal pra Wyrm, físico e mortal. Nisso um grito foi ouvido, era Shuri do outro lado. Prya mergulhou rapidamente, ela nadava muito bem e melhor que Onuris lembrava, sendo a primeira a sair de lá. -Ora, se não é a líder das Nagah's. -Disse aquele cão estranho. Danai estava nocauteada num canto, Zuri encolhido em outro e Shuri pega pelos cabelos. Aparentemente ele havia levado os que estavam lá em cima pra lá embaixo. -Devo agradecê-los pela descoberta? -Comentaria assim que visse Onuris saindo da água. -Ora ora, se não é o atual rei da selva, novamente. Parece que gosta de me ajudar. -Riu sarcástico. -É bonito o portal não? -Disse sínico soltando Shuri e se aproximando da água. -Está do outro lado, posso sentir...

Quando ele ia se aproximar, Onuris mostrou sua forma crinos, que tinha ganho recentemente o fazendo parar o passo pra olhá-lo com a cabeça abaixada. -Ow, vejo que deu uma pequena evoluída. Pode ser que seja mais divertido agora. -Comentou ainda fazendo pouco caso dele, porém num movimento rápido Onuris se aproximaria dele acertando um golpe transversal com suas garras, fazendo um rasgo em sua roupa e ferindo o corpo dele (22 dano). Deu alguns passos pra trás pra tentar se afastar de Onuris com uma feição surpresa, mas não foi o suficiente pra impedir a outra sequencia de golpes um jab de esquerda e um direto de direita fazendo-o dar mais alguns passos pra trás com o impacto e seu nariz sangrar (21 e 20 dano). -Maldito... -Murmurou ao colocar uma mão no nariz provavelmente quebrado. Os movimentos de Onuris estavam diferentes, com mais técnicas, e juntamente com sua nova transformação, ficava ainda mais mortal, desferindo dois chutes sequenciais, um na perna direita fazendo-o se desequilibrar e receber o segundo chute na costela (26 e 28 dano), porém num ato de sorte ou desespero ele desviaria do cruzado de esquerda, mas ficaria na linha do gancho de direita, levando em cheio e caindo de costas no chão (40 dano), se virando de barriga pra baixo pra tentar fugir. Nesse momento, Onuris aproveitava pra fazer uma montada em suas costas e encaixaria com um mata-leão facilmente o fazendo se remexer tentando se soltar -Me solta! Me solta!!! -Porém sem conseguir ficando sem ar e desmaiando momentos depois. Shuri estava boquiaberta com aquela luta de seu irmão, nunca o tinha visto lutar daquela forma e aquela transformação! -O que vai fazer com ele maninho? -Perguntaria Shuri dando um leve chute em sua cabeça. Priya olhava tudo quieta e surpresa também com aquela força toda.[/b][/color]

Danai rapidamente correu pra obedecer suas ordens, voltando o mais rápido possível com as cordas de sigmetal, numa forma maleável e inquebrável. Shuri e Priya ajudavam Zuri com os selos enquanto Danai banhava as cordas na água purificadora. Assim que as cordas encostassem na pele daquele ser, ele se contorceria e sentiriam cheiro de queimado. Não demoraria muito pros outros três voltarem com os selos num pergaminho. -Onde vamos deixá-lo? -Perguntaria Priya preocupada com o lugar. -O que ele poderia fazer com esses selos nele? Se tiver a mesma força daqueles que seguram o portal, acho que será difícil ele escapar. -Diria ela sorrindo vitoriosa. -De fato... São selos muito antigos, deve ser algo praticado pelas Nagah's, eu não sei dizer o que cada simbolo representa. -Comentaria Zuri pensativo. -Mas posso estudá-los. -Nisso Onuris poderia tomar sua decisão quanto àquele ser capturado. Shuri tirava uma garrafa da mochila e foi até a água, pegando um punhado. -Só por precaução.

Um pouco depois de amarrado e lacrado, o líder dos dançarinos acordaria, sendo deixado de joelhos no chão. Nisso Onuris falava com seus companheiros, e no momento em que falou dos poderes do cão, o mesmo riu cinicamente. -Até que não é tão burrinho como parece. -Disse com uma voz fraca por causa dos selos. Sua máscara tinha sido completamente quebrada na batalha, com os socos do leão, e os olhava sério com os olhos vermelhos brilhosos. -Vamos ver se é bom mesmo na tortura, jovem leão. -Comentou cuspindo um pouco do sangue que ainda tinha na boca, mas seu rosto não estava mais inchado dos poderosos socos recebidos, apesar dos ferimentos causados pela água na corda não se curassem. -Vou fazer o que pediu. -Diria Danai agindo rapidamente. Eles poderiam voltar para a nave, oque demoraria um pouco mais por causa de Zuli. Assim que chegassem, Danai já havia se comunicado através do comunicador da nave e as guardas que protegiam a nave saíram, indo na direção de templo pra protegê-lo. -Hahahaha... Você acha que me capturando fará as Nagah's pararem de morrer? Logo estará na hora de outra ir pro beléléu. -Comentaria sorrindo maliciosamente. -Irmão, posso bater nele? -Perguntaria Shuri irritada se aproximando do cão. -Nós vamos conseguir libertá-las. -Diria Priya depois de muito tempo quieta, olhando com ódio pra ele. -Você vai pagar por tudo o que fez eu e elas passar. -Murmurou enraivecida, o que fez ele rir ainda mais.

-Ahahahaha que meda... Já vi coisas muito piores que você na Wyrm. -Diria ele debochando do olhar irritado de Onuris. Assim que ele pegasse a água os olhos do cão o seguiria e ele travaria a boca, porém a mão de Onuris era forte e forçaria a mandíbula até esta abrir, forçando-o a beber, ele tentaria gritar, mas a água o impedia. Seus olhos se reviraram em dor e de sua boa e corpo saiu fumaça, como se estivesse queimando por dentro, enquanto era jogado no chão pra dentro da nave. Não demoraria pra nave iniciar voo em direção ao território Zulu, e assim que chegassem, iria diminuir a velocidade para que Onuris escolhesse o local que fariam a prisão dele. -Hahahahahaha... Isso só me mostra o quanto acessível você é jovem Rei. -Disse rindo ainda troncho no chão. -Ainda bem que você quem ficará com ele, eu não aguentaria tomar conta... Cara! -Diria Shuri irritada com o falatório dele. -De fato não sai nada que preste... -Continuou Priya olhando pela janela. -Também posso ficar quieto se me der algo em troca. -Diria num tom malicioso olhando pra Shuri. Danai seguiria com a nave pra onde Onuris mostrasse e pararia a mesma o mais rápido que conseguisse pra que terminassem logo aquela desgastante missão.

Era um lugar estupendo, e o sol fazia um show de luzes, como se vissem um quadro pintado pelo melhor e mais delicado artista. No canto esquerdo, após o lado, havia uma montanha e nela uma caverna escondida pela vegetação. -Que tal ali? -Perguntaria Danai apontando, enquanto as outras duas olhavam pela janela um tanto impressionadas pela beleza do local.

O chute surpresa de Onuris em sua cabeça só o fez rir mais, mesmo batendo com a cara no chão. -Sim! -Diria Danai quanto ao que Onuris lhe dizia, deixando a nave mais próxima da caverna e abrindo a porta traseira. -Irei levar a princesa de volta e trazer mais soldados com as armas de pratas. -Pra que prata? -Perguntaria o cão sorrindo. -Vou estudar os selos pra que possamos usar futuramente. -Diria Zuri. -É melhor aproveitar a vida, velho. -Diria o cão rindo em seguida, mas fazendo Zuri se afastar. Assim que entrassem na caverna, a mesma era habitada só por morcegos, estes que nem ligaram pra presença deles e continuaram se protegendo do dia. A caverna não era muito profunda, e provavelmente teria sido residencia de muitos durante o tempo, afinal haviam alguns desenhos rupestres.

Onuris não parecia ligar pro que o outro falava, mas assim que este dirigiu sua palavra à Zuri, o jovem leão se aproximou dele e enfiou mais água pela goela, mantendo a mão em sua boca pra forçá-lo a engolir. Ele tentava se debater, mas acabou tendo que engolir tudo, saindo fumaça pelo nariz, mas que apesar da mudeza, um sorriso fechado se fazia presente. Onuris o levou pra caverna, o deixando de joelhos mais ao fundo. Alguns segundos depois voltaria pra onde o prisioneiro estava e o retalharia, em ambos os lados de seu rosto, pra em seguida enfiar a mão em seu peito e abdômen, deixando resquícios da água lá. Ele gritava enquanto Onuris o maltratava. O jovem Rei poderia sentir estranheza ao enfiar as mãos dentro dele, era como se tivesse uma névoa além dos órgãos, além de ser frio. Nisso Priya se aproximaria e colocaria sua mão sobre seus ombros, com um olhar triste pelo que ele estava fazendo, mesmo que aquele cara fosse mal. -Você não é assim T'challa... -Diria ela num murmúrio fazendo o outro rir descompassado enquanto sangrava muito e seu corpo pendia pra trás, mas ainda sustentado pelo joelho. Seu sangue era um sangue enegrecido. -Vamos arrumar a barreira. -Completaria ela se afastando pra pegar os pergaminhos deixados por Zuri com os símbolos do templo. Ela conseguiria reproduzi-los bem, e ajudava ele a por em ordem correta para que ficasse bem colocado e prendesse o cão como eles queriam.

Ao dar aquela resposta pra Priya, o cão voltaria a rir. Nisso ele aproveitaria pra se afastar e se lavar na água pura do templo. Conforme Priya colocava os selos em torno do cão, ele olhava pra eles horrorizado, como se o diabo visse a cruz. -Não! Não!! Espera!!! NÃO!!! -Diria a ultima palavra e o ultimo selo se fecharia, brilhando assim como no portal que havia no templo. Ele ficaria com a cabeça abaixada, corpo largado, mas ainda de joelhos. -Tudo bem, mas não se torne outra pessoa. -Diria Priya ao pedido de Onuris, levando Zuri consigo para fora próximos do lago. Assim que ele se aproximasse do cão, veria que sua forma carnal estava tendo dificuldades em se manter, ficando esfumaçada. Ele olharia pra Onuris assim que ouvisse a pergunta, seus olhos não estavam mais vermelhos, mas eram como se fossem dois buracos negros. -Yebo... -Ele respondeu que sim, na língua Zulu antiga, que Onuris reconheceria de imediato. O resto da água foi lançada contra o corpo dele, queimando e fazendo-o rir. -Ucabanga ukuthi lokhu kuhlushwa? -Ele perguntava pra Onuris se aquilo era uma tortura, de forma séria, apesar de seus dentes saírem pela boca, rasgando os lábios.