Capítulo 4 - Projeto S.W.O.R.D.

K'Uon parou de andar e se virou pra T'Challa, recebendo tal ordem que o deixou desnorteado. -Poxa! Vou perder toda a ação! -Diria ele sério, mas logo em seguida sorrindo. -Deixa comigo. -Falaria e assim mudaria seu rumo para a sala de recuperação. Yoko sorriria pra ele após sua breve explanação, mas seu olhar diria algo a mais pra T'Challa, algo como se ele se visse nele. Ambos iriam para a nave, e de lá, partiriam para as cascatas, onde teve sua primeira luta ao se tornar Rei. Não demorariam mais que meia hora e logo todas as naves pousariam em suas respectivas pedras para que pudessem descer até a bacia da cachoeira. Lá, Yoko se comunicou com Kurawa o avisando que estavam preparados e então abriu um portal grande, e dele, vários sacerdotes e monges chegaram, rodeando toda a borda da bacia. -Nós ficaremos aqui nesta primeira fase. -Diria Yoko em pé numa pedra próxima da água. Os outros líderes e soldados respectivos ficaram ao redor dos rochedos, observando o céu e horizontes por onde pudessem vir inimigos. Assim que o ritual iniciou, os monges começaram a entoar um mantra bem forte e que começaria a iluminar seus dedos com uma luz bem branca. Em seguida eles escreviam algo na água, cada um uma letra em kanji, que significava um elemento único utilizado pra purificação. Eles brilhavam na água, permanecendo escritos e fazendo a água começar a brilhar. -Tem algo vindo pelo ar. -Diria um dos guardas observando o horizonte com atenção. -Você está vendo coisas, está muito escuro! -Diria outro guarda também se atentando.

Da mesma forma que T'Challa, Yoko também ficou em sua forma koto, com sua cabeça em forma de raposa além da pelagem característica por todo o corpo, crescendo em sua altura ficando um pouco mais baixo que T'challa, e com suas caudas a mostra. Sua pelagem acompanhou a coloração de seu cabelo, loiro dourado. Isso faria alguns o observarem, já que nunca teriam visto aquela forma num kitsune. No que T'Challa gritasse aquelas palavras, todos os guerreiros também gritariam e Yoko olharia na direção que os guardas haviam visto algo. Nesse momento um portal se abre e Kurawa sai de dentro deste, preparado para lutar. -Inimigos se aproximam pelos céus. -Diria ele para seu filho, que rapidamente desembainharia a katana. -Aqueles que atacam de longe, vão para as pedras mais altas que encontrarem e cerquem o máximo que puderem o perímetro! -Diria ele olhando pro horizonte e nisso N'Iala se pronunciou. -Arqueiros acatem a estratégia! -Diria ela se dirigindo pra uma pedra à frente e preparando seu grande arco. -Aqueles que são defensores, usem seus escudos para proteção de T'challa e Yoko e os que sobrarem circulem os monges! -Voltaria a dizer tal qual um bom General numa guerra, algo surpreendente pra idade dele. -Vamos!! -Afirmaria B'Tumba e rapidamente seus soldados armariam uma bela barreira com seus escudos em volta dos dois e em volta dos monges, sem entrar na água. -Os que atacam de perto, deem assistência para os arqueiros e para os defensores de T'Challa e Yoko! -Nisso seria a vez de J'Lamba, Draco e Ozuzo gritarem e seus respectivos soldados se moverem. Nisso T'Challa usaria uma de suas habilidades e assim que feita, abriria um faixo de luz do sol naquele pedaço, iluminando a noite e revelando alguns seres voadores que estavam próximos. Eles eram semelhantes a insetos grandes, contudo sua aparência era uma mistura indecifrável, como se a Wyrm pegasse o pior deles e exteriorizasse. Com a iluminação repentina, os insetos mais próximos ficaram atordoados e foram facilmente derrotados com as flechas disparadas por N'Iala e seus guardas. Ainda demoraria um pouco para terminar a primeira fase da purificação, apesar da água estar brilhando mais intensamente, ainda não era na mesma intensidade que o brilho da água em que Naomi foi banhada.

Yoko:

Os soldados mantinham suas posições e acatavam o plano do jovem Nakamura, fazendo os inimigos um a um cair antes de chegarem perto o suficiente. Todos estavam atentos e com a iluminação de T'challa todos podiam enxergar melhor. -T'challa-Oh, pode deixar que eu ilumino por aqui. -Diria Kurawa olhando de relance para o leão e fazendo com que vários fogos flutuantes aparecessem no perímetro e até um pouco mais além, iluminando bem. -Precisamos nos focar aqui, então é melhor que o que puder guardar de energia, guarde. -Disse Yoko olhando seriamente para o outro Rei. -Vamos nos concentrar para terminar esta etapa, precisamos estar bem focados e estar em paz, antes de iniciarmos a segunda etapa... -Informou ele fechando os olhos em meditação. Ambos poderiam ouvir tudo ao redor, a batalha rolando solta, a tensão na corda dos arcos e o som sendo rasgado pelas flechas disparadas pelos arqueiros; e no fim, o alvo sendo acertado. Os monges entoavam um mantra para auxiliar na concentração dos dois, para que tudo ficasse mais calmo.

teste de dificuldade escreveu:

1d100<50 falha (narre alguma lembrança ou pensamentos negativos)
1d100=50 (narre com dificuldade que conseguiu se concentrar, mas bote alguns pensamentos estranhos)
1d100>50 (sucesso)

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O momento era tenso e toda aquela batalha, aquela guerra, trazia as preocupações para a mente de T'challa, como se fosse algo impossível se ver em paz e calmo. Tudo aquilo acontecendo, com Naomi, Priya , seu pai, se reino. Fez uma oração mental na tentativa de conseguir encontrar a paz de espírito para que pudessem continuar com o ritual de purificação. No momento que ele abrisse os olhos, por breves segundos antes de voltar a tentar a meditação, ele olharia de relance para o lado e seu aliado estaria em completo zen, como se aquele estado fosse algo natural dele. Nisso o leão voltaria a fechar os olhos e tentaria mais uma vez, com seu senho franzido tamanha força para meditar, tentando aplicar todo seu conhecimento e treinamento naquele momento tão crucial e urgente. A batalha continuava acirrada contra os insetos, agora com um novo zumbido de asas, de algo maior do que aqueles que já estavam atacando. O tempo pedia urgência para T'challa cumprir seu papel ali, mas dúvidas teimavam em desconcentra-lo.

teste escreveu:

1d100<50 falha (narre alguma lembrança ou pensamentos negativos)
1d100=50 (narre com dificuldade que conseguiu se concentrar, mas bote alguns pensamentos estranhos)
1d100>50 (sucesso)
1d100>70 (especial)

Hagatsune efetuou 1 lançamento(s) de dados (D100.) :

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T'challa conseguiu manter o foco na concentração depois de uma breve batalha interior, e assim que se sentiu em paz, conseguiu perceber toda a luz que saía da água, até mesmo a entonação dos monges tinha uma energia pura. Ele podia sentir a força de todos, a energia de todos, até mesmo dos seres ruins, sendo esta densa. Nada mais importava ao redor, somente aquele momento e era chegada a hora da segunda fase começar. Os dois entrariam na água sem problemas, e sentiriam seus corpos formigando, como se a água limpasse resquícios de algo que ainda pudesse ter ou estivesse tentando atingi-los. O mantra dos monges mudou e agora entrava o momento em que eles eram purificados. Seus corpos brilhavam tanto quanto a água. -Sinto uma energia forte vindo pelo oeste! Arqueiros preparem suas flechas mais fortes e guerreiros se preparem para ajudar na defesa! -Diria Kurawa olhando para o local enquanto terminava de matar mais um ser voador que veio em sua direção. De alguma forma T'challa sentia como se a profundidade daquela bacia estivesse aumentando, como se o chão estivesse afundando; conforme os monges continuavam a purificação. Os arqueiros atiraram assim que viram a primeira parte do bichano ser iluminado pelo fogo. A energia dele era forte, e entraria em conflito com a energia da purificação, fazendo um show de faíscas pelo ar. Não demoraria mais que 10 minutos para os monges mudarem o cântico novamente e iniciar a faze três, que logo de início os dois sentiriam uma puxada forte de energia se esvaindo de seus corpos, os fazendo cambalear levemente no momento. A energia da água foi quadruplicada juntando com a energia que transbordava deles e como magia, a força da cachoeira aumentou, jorrando água para além de sua rota natural. Mesmo com as flechas fincadas nas escamas, aquele ser continuava se aproximando rapidamente, fazendo os soldados de perto se prepararem para o embate físico. A barreira mais os soldados conseguiram conter a fera, que urrava tentando avançar e destroçar aqueles que estavam em seu caminho, mas eles conseguiam fazer um bom trabalho e feri-la mais. Era bem grande, quase como um dragão deformado soltando energia negra pelos ferimentos e poros, tornando o ar em volta da purificação mais denso e deixando os guerreiros mais cansados. Os choques aumentaram de frequência e intensidade, como uma batalha entre luz e trevas. -Não se curvem! Precisamos terminar logo com esse bicho ou ele vai conseguir contaminar a água! -Disse e em seguida alguém pulou na cabeça do dragão fincando uma kodachi entre o final do crânio e o pescoço. -Naomi-san!! -Disse ele feliz em vê-la bem e voltando a ativa. -Não esperava começar a festa sem mim não é? -O bicho ainda estava vivo e agora se contorcia todo, fazendo Naomi saltar para um local estável. Ela fez alguns sinais com as mãos e uma pequena bola de fogo surgiu, e conforme ela concentrava sua energia, a bola crescia mais e mais, formando uma gigante bola de fogo. Nesse momento a garota gritou para todos se afastarem e lançou-a no bicho, acertando-o em cheio fazendo uma explosão mediana. O chão tremeu forte e junto com ele uma cobra gigantesca saiu debaixo dos pés de T'challa e Yoko, levando o raposo para o alto e caindo pela cachoeira. -Pai!! -Gritou Kurawa se preparando pra ir também. -Não! Termine sua missão, é importante que o solo seja purificado! T'challa, agora é com você, continue! -Disse antes de sumir da vista deles.

T'challa era forte, não só fisicamente, mas em convicção também e isso era um aliado forte naquele momento de batalha contra as trevas. Porém no momento que seu aliado fora jogado pra fora da purificação, mesmo em sua forma plena, ainda sentiu o baque da falta de energia, um cansaço repentino e a água sugando o dobro da energia de antes. Se tivesse ido sozinho desde o início certamente não aguentaria chegar até aquele ponto, e os monges passavam definitivamente para a terceira fase, aumentando o fluxo de água à cair pela cachoeira, iluminando a escuridão com seu brilho. Um urro alto faria alguns soldados se desesperarem, e logo em seguida um estrondo forte faria aquela frágil bacia tremer. O leão reconheceria tal grito, era de uma moça que conheceu longe de casa... Priya. Outro estrondo forte faria tudo tremer e as pedras se desprenderem da cachoeira, desequilibrando todos, fazendo com que muitos caíssem, principalmente os que estavam perto da beirada. O rei se veria em queda livre, via Naomi desesperada querendo pular atrás dele e Kurawa a segurando firme, via alguns sacerdotes e soldados caindo também. Leões são felinos que caem de pé dependendo da altura... Mas não seria aquele o caso, pois ele veria sua visão turvando antes de chegar ao fim da queda. Demoraria um tempo até que recobrasse o sentido, e não demoraria para se sentir encharcado e o sol do dia o esquentando. -Hum... Vejo que acordou e o livro estava errado desta vez. Cara de sorte...! -Disse um rapaz em cócoras trajando um monto preto, cabelos brancos longos, olhos amarelos e pele clara. Ele cutucava a bochecha do leão enquanto o observava atento pensativo, até que ficou sério e se levantou. -Parece que fiz bem em tirá-lo daquela aguaceira toda... -Continuou e T'challa se veria sem entender do que ele falava, não se lembrava de nada da noite anterior... Ou melhor, de nada. -Ei... Você sabe falar? -Perguntaria voltando a se agachar. -Será que precisa de respiração boca a boca? -Se perguntou isso observando-o ainda.

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O rapaz albino olharia para o negro entendendo menos que ele próprio, e riu da situação. -Parece que sua situação é pior do que eu imaginava... -Disse ainda abaixado para terem uma conversa mais pessoal. -Veja, não sei o que aconteceu, só sei que fui chamado aqui pelo Death Note para levá-lo, mas você está vivo e não poderei levá-lo... Ou seja, sou um shinigami. -Diria dando algumas voltas até falar de fato o que era, ainda sorrindo. -Sou Aoi desu. -Disse estendendo a mão para ele e ouvindo a pergunta que o faria cair de cara no chão por alguns momentos, mas T'challa saberia o que era um shinigami. -Você se chama T'challa Mane... Da...hahaaabu... Acho que não sei dizer seu nome corretamente... -E de fato o negro não entenderia muito bem seu sobrenome. -Creio que eu não possa te ajudar muito, infelizmente... Meu tempo é extremamente contado e preciso voltar... -Disse num tom de injúria logo mudando a cara para um sorriso e colocando as mãos na cintura. -Então ja ne! Espero que recupere o que perdeu! Se desse eu te ajudava mais, mas não tenho como... -Diria ele enquanto um portal se abria e ele era sugado pra dentro. T'challa se veria sozinho num terreno semiárido e com um sol quente. Não havia mata, só um terreno plano de terra rachada e algumas plantinhas que tentavam sobreviver ao calor. Não reconheceria aquele lugar e apesar das dores poderia andar, porém com a queda sua armadura estava quebrada... Ela acabou sofrendo todo o impacto deixando o mínimo pra ele...

Antes do portal fechar o leão podia ouvir a ultima frase do shinigami. "Não me leve a mal, não tenho escolha." e nisso o portal fecharia. Seriam muitas dúvidas e poucas respostas, porém alguma coisa ele tinha, principalmente de onde iniciar uma busca. Sua vestimenta era algo, porém ele não saberia dizer o que, apesar da familiaridade e também não saberia usar seus dispositivos, e caso tentasse, o mesmo soltaria faísca e não faria nada. Ao se virar para trás, ele poderia notar que o chão rachado estava molhado, porém não havia qualquer indício de que ali tinha alguma bacia de água ou rio, porém ele formava uma trilha até uma cachoeira ao longe. Ele conseguiria vê-la, porém saberia de alguma forma que naquela distância ele demoraria alguns bons dias, mesmo que corresse. Nas outras direções não havia nada de diferente ou estranho, e naquele rastro, apesar de ser água ele poderia sentir uma energia de uma pureza estável e para além da cachoeira ele poderia ver nuvens bem escuras no céu, como se caísse uma boa tempestade para além de sua visão privilegiada.