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 01 - Ingenuidade

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Shanoa
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Shanoa


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MensagemAssunto: 01 - Ingenuidade   01 - Ingenuidade Icon_minitime27/09/18, 01:34 pm

01 - Ingenuidade Pokemon_01
É difícil saber como lidar com as situações que rodeiam a nossa existência. Pela falta de experiência, os anos iniciais da vida de uma pessoa remete a uma simples palavra: dúvida. Temos dúvida de tudo e por isso questionamos sem parar enquanto geramos muita confusão por ai. Se alguém não nos responde ou não conseguimos achar a resposta adequada, cabe a nós mesmos buscar por essas mesmas respostas para saciar o desejo de desvendar o desconhecido. E, em um mundo onde humanos e pokemons convivem em harmonia, muitos mistérios e segredos rodeiam pelas regiões do globo, onde o espirito de aventura pode emergir em qualquer um através de um simples suspiro revigorante, garantindo assim, o desejo de descobrir o inimaginável logo após uma boa noite de sono.

Nos transportando agora para a Região de Kanto, nos encontramos dentro de um quarto de uma garota na cidade de Pewter. No cômodo, temos Ötsuka Mariko (大塚 真利子 - Grande túmulo antigo da filha com a Verdadeira Razão), uma jovem de 13 anos que possui cabelos longos, lisos e ruivos, sendo algo marcante em sua aparência. Em seu rosto, mantém-se algumas sardas e olhos grandes e brilhantes de cor castanho amendoados, possuindo também um corpo proporcial para a idade. No momento, enquanto estava deitada na cama e coberta por um edredom com várias estampas de pokemons considerados “fofos” por meninas, os leves sopros suaves que vinham através das cortinas trêmulares de bolinhas coloridas foi o suficiênte para a jovem sentir um incômodo, notando que, finalmente, não conseguiria mais voltar a dormir. O brilho do sol emanava da janela aberta e faziam seus globos oculares doerem de leve, até o momento em que se acostumava com a luz. Esfregando o rosto com ambas as mãos parcialmente fechadas, levanta o corpo calmamente e se mantém sentada na beirada da cama, esbanjando assim, uma feição ainda de sono e de cansaço, com leves bocejos impedidos através do esforço de manter a boca fechada.


"Nunca mais vou dormir tarde..." Pensava a ruiva descabelada enquanto se espreguiçava e observava um relógio próximo da cama, indicando um horário perto do almoço.

Fintando o olhar para o calendário pregado na parede, notava um detalhe importante que havia esquecido justamente por ter ficado até tarde acordada. Esse detalhe, cujo o qual era um circulo vermelho bem vivo feito por uma caneta hidrocor de ponta grossa, se mantinha encima da data de hoje. Logo ao lado, tinha escrito de forma bem agressiva com uma seta apontando para a frase de destaque: “Início da Jornada Pokemon”.

— Merda... É hoje! — Dizia Mariko como se recuperasse as energias e mandasse o cansaço para longe do corpo, dando então um súbito salto da cama e permanecendo enfim, de pé. — Eu to muito atrasada! — Sem tempo de pensar, apenas agia conforme ia lembrando do que fazer, como por exemplo, tomar um banho, arrumar a mochila e depois colocar as roupas no corpo. O problema é que o nervosismo e a pressa não lhe dava chance de organizar os afazeres, ocasionando em um dos maiores problemas da sociedade: tentar fazer tudo ao mesmo tempo em um curto periodo de tempo. Obviamente, não é de se esperar que Mariko esteja agora tomando banho com a mochila nas costas enquanto tenta colocar as roupas no corpo de dentro do box do banheiro que tem no próprio quarto. — ARRRRGH!!! — Ah, e esse grito foi por causa da água quente que esqueceu de alterar no chuveiro.

— MAS QUE GRITARIA É ESSA LOGO PELA MANHÃ?! — Uma nova voz feminina surgia ecoando pelas paredes da residência. Pela entonação firme e penetrante, qualquer um do lado de fora poderia distinguir que seria de uma mulher bem mais velha que aparenta estar prestes a cometer um homicídio em alguém. Entretanto, a vizinhança já está ciente do comportamento da mãe de Mariko, logo, não se importam ­tanto e fica por assim mesmo. — ÁGUA QUENTE!!! — Respondia Mariko rapidamente, assim que ouvia o questionamento da mulher irritada.

Vinte minutos se passaram e Mariko finalmente sai de seu quarto com um péssimo humor. Ter agido daquela maneira acabou prejudicando ainda mais a situação que aparentemente já estava grave e, agora, não tinha ideia do que fazer ou como resolver, pois suas roupas favoritas estavam enxarcadas e sua mochila contendo todas as suas coisas estava praticamente molhada. Bufando de raiva, tudo que restou no repertório de vestimentas foi um conjunto de roupa simples contendo uma camiseta branca com um short jeans azul e tênis esportivo. Se sentando na mesa da cozinha, observa com olhos cerrados a sua mãe que estava terminando de realizar o almoço do dia.

— Porque está com essa cara feia, Mari? — A mulher logo perguntava, sem nem mesmo olhar para a filha que se mantinha sentada na cadeira próxima a mesa.

— Atrasada, roupas molhadas, mochila enxarcada... — Dizia a menina, depositando a cabeça na superfície da mesa como forma de decepção consigo mesma.

— Aaah... Por isso a agitação. — Com algumas risadas leves, a mulher não conseguia esconder a graça que sentia por ver a filha daquele jeito.

— Qual é a graça? — Numa voz abafada, nem se dava ao luxo de levantar a cabeça para observar e encara-la de frente, querendo esconder a própria vergonha de não ser tão responsável como devia.

— Você realmente esqueceu o porquê de ter ficado acordada até tarde ontem, não é? — Como se estivesse insinuando alguma coisa, a mulher apenas caminhava calmamente pela cozinha com um leve sorriso despreocupado no rosto, preparando a refeição por entre as panelas quentes e colocando os pratos vazios na mesa, junto com os talheres e copos. — Bom, não é de se admirar... Acabou puxando isso do seu pai, então não me preocupo muito. Eu me preocuparia de verdade mesmo se você realmente tivesse se lembrado... —

— Mãe, o que diabos ‘cê ta falando!? — Sem entender, parecia que a raiva só aumentava dentro de si, a fazendo levantar enfim a cabeça que estava abaixada na mesa por entre os próprios braços.

— Ligação telefônica... Reunião... Museu... Vamos, exercita essa cabecinha oca. —  Dizia a mulher dando uma leve afagada nos cabelos ruivos da filha enquanto passava próximo a garota.

— ...Tá. — Levou um tempo até que Mari pudesse juntar algumas peças no lugar e se aproximar da resposta. Reconstituindo os passos ao se manter pensativa e de braços cruzados, a garota se lembra que, durante a tarde do dia anterior, estava extremamente animada por ter recebido uma carta de admissão escrita a mão do Professor Oliver, contendo informações importantes sobre a seriedade de ser um Treinador Pokemon e alguns destaques que levaram Mariko ser escolhida para se tornar uma. Realçando o “não aparente apresentar qualidades destacáveis nos esportes ou nos estudos...”, tinha se atentado com a frase “...decidimos recruta-la para atuar como uma de nossos Treinadores Pokemon e ajudar nas pesquisas que auxiliam o mundo e as criaturas que vivem nele.”, na qual a fez ficar bastante feliz e sonhar alto, gerando assim muitas expectativas.

— Pela sua cara, você realmente não se lembra... — Dizia a mulher, retirando um pedaço de papel dobrado de dentro do avental levemente sujo. — Toma... E leia até o fim com atenção dessa vez. —

Recobrando os sentidos, Mariko pegava o papel que era entregue por sua mãe e desamassava para realizar uma leitura em voz alta, pigarreando de leve para limpar a garganta e suavizar bem o tom da fala. — Prezada senhorita Ötsuka Mariko. Hoje, dia 25 de Maio de 20XX, tenho o prazer de lhe informar através desta carta, o desejo de convida-la à participar do projeto anual que acontece em diversas escolas, instituições e academias Pokemon, denominado de “Jornada dos Mestres”. Como muitos já lhe ensinaram na sala de aula e deram as devidas explicações informativas, esse programa, criado por vários estudiosos e cientistas de Kanto e de outras regiões, tem o intuito de recrutar jovens sonhadores e determinados, cujo o objetivo é transforma-los em um Mestre Pokemon. — Parando por alguns segundos para respirar, ela então retoma a fala no mesmo tom. —  Como muitos de nós sabemos, um Treinador Pokemon não é alguém que viaja por ai somente para jogar pokebolas nos Pokemons e tenta completar a Pokedex o mais rápido possível. Ser um Treinador Pokemon é entender que isso é um processo de aprendizado constante que se mantém mesmo após a conquista do objetivo final. E por mais que você, Ötsuka Mariko, não aparente apresentar qualidades destacáveis nos esportes ou nos estudos, identificamos algo muito maior que muitos não possuem: Ingênuidade. Não se sinta ofendida, pois essa caracteristica não é algo bom ou ruim para uma pessoa, pois depende muito de como se trabalha com ela. Isso significa que, em um mundo onde as coisas ruins estão consumindo o coração dos humanos e dos pokemons, você tem a chance de crescer e fazer a diferença com aqueles que estiverem ao seu redor. E depois de muito discutir com meus colegas cientistas e professores, decidimos recruta-la para atuar como uma de nossos Treinadores Pokemon e ajudar nas pesquisas que auxiliam o mundo e as criaturas que vivem nele. —

— Continue... — Dizia a mulher levemente sorridente e satisfeita, enquanto colocava as panelas de comida por cima da mesa, protegendo a superfície do calor com uma camada fina de pano. Por fim, retirando o avental e pendurando em um gancho na parede, se sentava em uma das cadeiras em frente da garota e a observa de maneira gentil enquanto ouvia a leitura da filha.

Observação de número 1: Dentro desta carta, você encontrará um número de telefone celular, na qual deverá ligar para ele e confirmar a sua participação o mais breve possível no projeto “Jornada dos Mestres”; Observação de número 2: Dentro desta carta, você encontrará o endereço da localização do laboratório de estudos e pesquisas do Professor Oliver, onde deverá comparecer no local no dia 26 de Maio de 20XX e ganhar o seu primeiro pokemon para que, finalmente, inicie sua jornada; Observação de número 3: Em hipótese alguma, não perca, rasure, amasse ou danifique esta carta, pois ela é a prova de que você foi escolhido para participar do projeto “Jornada dos Mestres”, sendo inteiramente responsabilidade do dono de mantê-la segura e protegida; Observação de número 4: Caso seja menor de 18 anos, é necessário que traga por escrito a permissão dos pais ou responsáveis, ou compareça no laboratório de estudos e pesquisas do Professor Oliver na data estabelecida nesta carta. —

— E o que aconteceu depois? — Questiona a mulher servindo um prato de comida para a filha e para si mesma.

— Eu fui ligar para o número de telefone e... Ele me atendeu... — Respondia Mariko enquanto depositava a carta encima da mesa e pegava o prato feito por sua mãe. — Isso, o professor Oliver me atendeu... —

— E o que ele disse? — Sorrindo tranquilamente como se esperasse pelo desfecho do pensamento de Mariko, a mulher questiona de forma curiosa enquanto depositava dentro dos copos de vidro um liquido avermelhado que emanava um leve aroma de morango no ar.

— Ele me agradeceu pela ligação e... Me informou de alguns problemas que teria hoje... Reunião com os colegas cientistas sobre uma pesquisa de ressurreição de Pokemons pré-históricos lá no museu ou algo assim... — Dizia de modo ingênuo para a mãe, pegando então o copo de suco e dando vários goles. Entretanto, logo cuspia grande parte que estava na boca como uma forma de finalmente ter se tocado o porquê dela estar agindo daquela maneira. — É PRA IR SÓ A TARDE PORQUE ELE VAI TA OCUPADO DE MANHÃ COM A PORRA DA REUNIÃO!!! —

Não conseguindo segurar as risadas, a mulher apenas gargalhava sem preocupação enquanto via que Mariko finalmente tinha descoberto a resposta com suas próprias forças. — Eu nunca me canso disso. — Dizia ela ao enxugar as lágrimas que saiam de seus olhos por rir demais. — Realmente você é filha de seu pai, não há como negar. —

— Isso não tem graça! Porque caralhos ‘cê não me falou antes? — Extremamente irritada, ela se levanta e bate com ambas as mãos na superfície da mesa como forma de extravasar a raiva reprimida.

— Primeiro, tenha modos na mesa, mocinha. Segundo, continue a falar dessa maneira que lavo sua língua com pele de Sharpedo assim que terminarmos de almoçar. E terceiro, vocêr precisa exercitar sua mente. Não pense que vai ter todas as respostas assim de bandeija quando estiver em uma batalha pokemon. Eu digo isso por experiência própria... — Retomando um semblante de seriedade na qual Mariko estava habituada a ver, ela observa a filha fixamente com um olhar penetrante.

— ... — Recuperando a calma enquanto assentia devagar com a cabeça em silêncio, mas ainda fazendo uma feição descontente, ela retoma a se sentar na cadeira e questiona normalmente. — O que você quer dizer com “experiência própria”? —

— Quando se trata de ser um Treinador Pokemon, basicamente não é aquilo que aprendemos na escola... Muitas aventuras, vários pokemons, diversos lugares... Praticamente o que é nos mostrado na infância é literalmente um sonho ingênuo de uma criança. —

— Quer dizer que a senhora também já foi uma Treinadora Pokemon? — Curiosa, aquele tipo de conversa começava a despertar o interesse da menina, a fazendo remover parcialmente o aborrecimento estampado no rosto.

— Uma das melhores da minha geração... Mas algumas coisas aconteceram e tive que abdicar dessa vida. —

— E o seus pokemons... O que aconteceram com eles? —

— Morreram. — Respondia de forma calma enquanto colocava um pouco de comida na boca com um dos talheres.

— M-Morreram?! — Dizia ela em um tom de surpresa, não esperando por aquela resposta. — O-O que quer dizer com “morreram”? P-Pokemons não morrem... Morrem? —

— É como o professor Oliver disse na carta... O mundo está sendo consumido por coisas ruins... E eu tive o azar de sofrer isso na pele quando esse mesmo mal estava começando a criar raizes nas pessoas. —

Mariko não estava acreditando naquelas palavras vindas de sua mãe, ficando com uma feição de total desespero. "Ser um Treinador Pokemon... É isso?" Pensava ela enquanto apoiava a cabeça com os braços sobre a mesa. Será que tudo o que lhe foi ensinado é uma mentira? Isso de matar pokemons transformava também a sua mãe numa assassina? E enquanto ao seu pai? E outros treinadores? A cabeça da menina começa a se enxer de perguntas e mais perguntas que não tinham respostas. Sem nem perceber, sente uma mão de toque gentil no rosto, forçando-a levemente com a ponta dos dedos para que olhasse em uma direção específica. Mais precisamente, para os olhos de sua mãe.

— Ei... Se acalme. Vai ficar tudo bem. — Dizia ela de forma carinhosa ao estar do lado da filha de joelhos, pousando gentilmente uma das mãos no rosto de Mariko.

— M-Mas...! — Como se estivesse prestes a chorar, seus olhos brilhavam com as lágrimas que se acumulavam lentamente nas pupilas.

— Ser um Treinador Pokemon é muito mais do que alegrias e sorrisos. E cedo ou tarde você iria descobrir isso... Eu só te contei agora porque eu estou aqui para te aconselhar e  ajudar a entender melhor as coisas do mundo, porque se fosse um colega treinador ou um adulto qualquer, não iria me admirar se saisse na porrada com as próprias mãos apenas para forçar essa mesma pessoa a dizer que é mentira. Ou no pior dos casos, utilizaria os próprios pokemons para cometer atrocidades... —

— E você espera de verdade que eu aceite isso? —

— Não. Não espero. —

— Ok, estou confusa agora... —

— Mariko, minha filha... — Respirando fundo, ela segurava as mãos da menina com firmeza, mas sem apertar muito. E olhando ela nos olhos, profere tais palavras. — Como o professor mesmo disse, você tem algo que outros treinadores dessa geração não possuem. É uma garota confiante e disciplinada, consegue lidar com as consequências em um momento decisivo e não se abate tão facilmente no primeiro obstáculo, alvejando ultrapassa-lo no mesmo momento com todas as forças. E ainda por cima, tem a graça de uma Gardevoir e a fúria de um Exploud. — Ela ria com o ultimo comentário, mas voltava a seriedade logo em seguida. — Não é porque as pessoas e os pokemons tenham esse mal no coração que você também precise ter. Os pokemons só evoluem quando se tornam mais fortes de maneira física e mental e, assim como eles, os humanos também precisam evoluir para se tornar mais fortes e aprender com os erros do passado. E a semelhança nisso tudo é que a evolução só acontece com a ajuda daqueles que estão próximos a nós. Por isso, eu vou te perguntar uma coisa e quero que você seja bem sincera comigo, tudo bem? —

Mariko não tinha palavras para se expressar naquela hora, mantendo total atenção na sua mãe que fazia uma declaração importante. E ouvindo o questionamento no final, tudo que podia fazer era assentir com a cabeça. — Uma... Pergunta? — Pensava ela com uma leve curiosidade, mas ainda fixada nos olhos da mulher.

Respirando fundo, a mãe agarra os ombros da filha de forma súbita e com firmeza. Olhando fixamente com as sobrancelhas cerradas, ela questiona de modo calmo e tranquilo na voz. — Depois de tudo que você ouviu, ainda quer ser uma Treinadora Pokemon? —

Virando o rosto em preocupação, sabia que aquela decisão poderia mudar toda a sua vida. Naquele momento, sua mãe já não a via mais como uma garotinha e não poderia ficar se escondendo da verdade depois do que ouviu. Jogando os pensamentos ruins para longe e focando apenas no desejo e no sonho de se tornar uma Mestra Pokemon, fintava de volta para aquela que tinha plena confiança nela. — Sim. — Responde Mariko após ter um leve surto de hesitação.

— Que bom ouvir isso, querida... Por um momento eu fiquei preocupada. — Dizia ela de modo aliviado, sorrindo de forma serena para a filha enquanto retomava a ficar de pé. — Agora termine de comer, se não vai acabar esfriando. —

Por alguns segundos, Mariko ficou observando o chão da cozinha, vendo o próprio reflexo distorcido no piso de porcelanato enquanto tentava absorver todas as informações que havia recebido. Será que ela seria capaz de realmente fazer a diferença? Nem em si mesma têm confiança plena... Basta apenas relembrar no que ocorreu mais cedo. Entretanto, esses pensamentos ruins logos se dissipam com as doces palavras de sua mãe que ecoavam na mente. — Mãe? —

— Sim, Mari? —

— Obrigada... Pelas palavras. — Olhando para a moça que voltava a se alimentar na mesa, ela dizia de modo sincero e com um sorriso meio sem graça no rosto, retomando também a comer o que tinha no prato.

— Ah, mais uma coisa! — Comenta a mulher como se tivesse relembrado de algo importante, parando o talher em frente da boca. — Você colocou o copo encima da carta... Agora tem uma mancha de suco redonda e vermelha nela. —

— FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF- —
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Mais tarde, após o almoço, enquanto Mariko se mantém presa no quarto e preparando as coisas importantes pra finalmente seguir adiante para o laboratório do professor Oliver naquela tarde ensolarada, a mulher realiza uma ligação telefônica em um canto da sala, permanecendo de maneira relaxada no sofá enquanto observava a carta da filha com atenção.

— Parece que ela vai atrás de você... — Dizia ela de modo satisfeito, sorrindo com o canto da boca.

— Como foi a reação dela quando recebeu a carta do Olly? — Uma voz masculina saía do telefone, questionando de maneira curiosa.

— A confusão de sempre. Pulos aqui, gritarias ali... Queria ligar pra todas as amigas da escola e anunciar pra toda a vizinhança. Mas o mais importante foi o sorriso que ela deu... Eu nem me lembrava que ela era capaz de sorrir daquela maneira. —

— Queria estar ai pra ter visto isso... Uma pena ter que ficar cuidando do ginásio logo no dia da carta. —

— Não se preocupe com isso, querido. Quando nossa filha for te enfrentar, com certeza vai ter a oportunidade de ver também. —

— Então ela é a nova geração... — Um suspiro de desapontamento realçava o ambiente, vindo do próprio telefone. — Você contou alguma coisa pra ela? —

— Só algumas coisas... Nada que pudesse realmente prejudica-la. Se tivesse sido você no meu lugar, com certeza não saberia lidar com a pressão. — Trocando a posição das pernas, a mulher brincava com o fio do telefone enquanto conversava. — E enquanto a você, quando volta pra casa? —

— Ainda estamos preparando tudo por causa da Jornada dos Mestres. Sabe como é... Toda aquela coisa chata de burocracia e estética. Não creio que eu vá voltar tão cedo... A menos que os 5 escolhidos passem por aqui no prazo previsto. —

— Entendo... — Permanecendo alguns segundos em silêncio, ela retoma a falar. — ...Hideki? —

— Hm? —

— Não se esforce muito, ta bom? —

— Você também, Emiko. —
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